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A política e seu impacto na bolsa


Por Equipe Allnova em 07/03/2018

A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em segunda instância pelo tribunal do TRF-4 do Rio Grande do Sul, teve grande impacto na bolsa de valores (B3) e em uma série de outros ativos, que repercutiram em todo o mercado. Na verdade, as ações sobre Lula têm rendido variações nos mercados desde que o petista tem sido acusado pela Lava-Jato em diversas ações envolvendo corrupção, lavagem de dinheiro e a obstrução de justiça.

Entenda o contexto:

As ações envolvendo Lula, historicamente, têm um significativo impacto sobre o mercado. Seguindo um padrão, toda vez que o ex-presidente aparece como líder em pesquisas de opinião, a bolsa tende a cair. Quando é acusado, a bolsa tende a subir. Mas o que, exatamente, os investidores têm contra o ex-presidente Lula e outros políticos?

Além de predisposições contrárias, no que diz respeito à figura pessoal e política de Lula, os agentes do mercado não concordam com o viés de governo que o petista empregaria, caso ele fosse reeleito. É um político tradicionalmente de esquerda, estadista e regulador, tudo o que o mercado não gosta e que nada agrada os investidores.

Com sua posse, seria provável que as medidas econômicas entrassem em atrito com a liberdade do mercado, com obstáculos relacionados à taxa de juros, regulamentações de importação e exportação, aumento de impostos, entre outras ações que prejudicam o rendimento do mercado financeiro e também do agronegócio.

Nos dois mandatos em que foi presidente, Lula utilizou políticas econômicas em seu governo considerada questionáveis por muitos. Ampliando os conceitos de “campeões nacionais”, investindo bilhões de reais em empresas próximas da cúpula governamental.

O mercado é prudente quando o assunto é Lula, e os investidores não querem perder tempo. É por isso que todas as notícias relevantes envolvendo o ex-presidente e outros políticos de relevância têm impactos diretos sobre o agronegócio.

Os mercados que mais sentem com a condenação de Lula estão relacionados à renda variável, como a venda de ações, fundos de investimentos e títulos privados. O índice Bovespa (IBOV) e o dólar atingiram recordes de liquidez quando Lula foi condenado em segunda instância pelos desembargadores gaúchos.

Vislumbrando maiores oportunidades de negócio, agricultores e investidores de mercado futuro e commodities também resolveram apostar suas fichas com um cenário mais livre de regulamentação em uma eventual prisão de Lula ou seu impedimento de participar das eleições de 2018.

O milho, por exemplo, mesmo com redução da safra, teve grande valorização. Um cenário semelhante acontece com o algodão, os fosfatos e a laranja. A soja apresentou valorização, demonstrando que os investidores parecem mais dispostos a aplicar recursos na lavoura com Lula condenado.

De forma geral, o mercado parece comemorar com as condenações. Acesse outros de nossos conteúdos e entenda melhor sobre o mercado e o ramo de nutrição animal.


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